11 de set. de 2010


" O CINEMA NOIR ... ou ... O DRAMA DA REDENÇÃO"

Capitulo V

As Inspirações Noir (as novelas policiais)


As histórias escritas, nos anos 30, por Dashiell Hammett revolucionaram a forma dos romances policiais, inserindo acção, sexo, violência. Dotado de uma escrita coloquial na qual se observava um ritmo solto, rápido, uma linguagem directa com aspecto típico americano. Saem de cena, portanto, os detectives gentleman, de perfil inglês, e entram em cena os detectives "duros", de linguajar pouco rebuscado.

Hammett traz os crimes para a cidade, o ambiente e as sensações que nesse cenário se passam tornam-se mais importantes que a intriga. Os romances policiais passam a ter gente de carne e osso: matadores de aluguer, policias corruptos, prostitutas, chantagistas, traficantes e detectives particulares que são pessoas comuns e não "máquinas pensantes de desvendar mistérios".

Existe uma clara relação entre a história deste novo tipo de detective e o método narrativo de Hollywood. Por exemplo, a exposição da intriga e a caracterização das personagens tendem a ser económicos; o diálogo é breve e os capítulos terminam com uma súbita revelação ou uma acção interrompida abruptamente.

O mundo noir que estes romances policiais ajudaram a dar corpo é mais psicológico que físico, e caracteriza-se principalmente pelos sentimentos que aos poucos destroem as personagens e o medo da descoberta do crime. São enredos vividos por pessoas sem grande importância, desesperadas e solitárias.


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